domingo, 1 de junho de 2014

Sobre a falta e o tempo

Caminhava tentando não sentir o tempo. O tempo, aliás, não era nada quando se tinha a falta. Era ela quem importava e quem tomava quase todo o tempo. Um dia, quando já havia chegado, percebeu que o tempo tinha passado; mesmo que não houvesse sentido, ele havia passado. E não havia mais falta. Não havia mais o tempo da falta. A ampulheta virou. Dois minutos de infusão, apenas. E não dava mais tempo.



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