sexta-feira, 29 de julho de 2011

e eu não sei desviar da saudade; fico fingindo que ela não veio. Finjo que não estou nem aí. Um dia me convenço. Logo me convenço.

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Ainda olho pra unha roxa... E penso nela como um termostato: não vejo a hora de que a marca se vá. Penso que tudo vai voltar a ser como era antes da unha roxa...

domingo, 24 de julho de 2011

ASAP

Eu ia dizer que vou ter saudade até o fim dos dias. Mas isso nao é verdade: eu sei que tal fim dos tempos pode ser amanhã, pode ser semana que vem, pode ser daqui um mês. E o sonho a que duramente vou pondo fim, nunca terá sido um sonho. Transformar-se-á em "mais um" e nunca terá parecido sonho até que os sinos soem novamente ou que os ventos da mudança parem de soprar.
E eu juro: o amanhã está logo ali na esquina. I feel it.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Chega de inundar-me a qualquer hora do dia... Isso tem que servir para algo.... Antes que eu desidrate permanentemente...

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Monja e eu

Ela me olhava nos olhos – desconfiei. Não devia ser. Talvez um rosto diferente? Bem, não devia ser. Vívida, me encarou novamente. Estava com frio nos pés. Encolhi as pernas. Me olhou nos olhos de novo. Fecha os olhos, então. Uma lágrima. Abre, então. Outra. Fecha de novo. E outra. E outra, e outra, e outra lágrima muda. Será que pode chorar por aqui? Melhor não perguntar. Melhor não olhar para os lados também. Olho para ela. “Fui jornalista”... Sim, ela sabia que eu estava ali.

Pensava no Rô. Esqueci. Pensava no motivo que me trouxera ali. Pensava porque eu adiara tanto estar ali, por uns quatro ou cinco anos, mais ou menos. Esqueci. O motivo. Não pensa. Esquece. Lágrima. Enxuga. Pés frios; cruza as pernas, esconde os pés. Lembrei de novo. Não pensei. Não quis pensar. Melhor não pensar. Melhor esquecer. Observei as pessoas, as almofadas, as bolachas. E ela me olhava no fundo; mas não me encarava. Olhava, vívida. Sabia.

Pensei no Rô; olhei pra ela. Pensei em mim. E no motivo. Finalmente começava a esquecer. Ia abraçando as pernas. Uma lágrima só. O cara ao lado fez o mesmo; subiu as pernas e abraçou-as. Fui imergindo ali. Podia? Não sei.

Imaginei que sairia querendo falar e entraria no carro afogada em mim mesma, ensimesmada. Saí quieta. Falava com os olhos. Fiz o caminho mais longo até chegar em casa. Era comigo, sim.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Just emotions

A vida não é uma caixinha de surpresas. Ela é razoavelmente previsível. As emoções é que são. Elas te estapeiam na face e te jogam na parede com um sopro. E você ali, inerte...

sábado, 2 de julho de 2011

... E foi porque eu imaginava que falaria da unha roxa. Viria e perguntaria como a machuquei. Riria da minha tolice ao prendê-la na porta e daria um suave beijinho na ponta que insiste em pretejar uma das unhas de que tanto gostavas. E porque queria te ver, te queria por perto, queria buscar a melhor palavra, o melhor carinho. E, ao mesmo tempo, temia em acabar por afastá-lo. Recuei.

E foi porque eu vi um sonho destruído em imagens coloridas... Um soco no estômago, detalhes ao vivo; um choque maior do que qualquer palavra. Não conseguia lidar com a ideia, nao conseguia aceitar, me conformar que aquela sutil intimidade gostosa ia embora....

E foi porque não consegui conter a dor dentro de mim, nao consegui lidar com a decepção, porque não sabia me conformar, admitir, aceitar. Eu queria o sofá, o cobertor rosa, o cházinho quente. E a imagem era como um atestado de desespero.... O equilíbrio me acompanhou até o quando pôde... mas as emoções.... essa sim é uma caixinha de surpresas...
Este é apenas mais um dos quatro ou cinco blogs que já tive. Pam's World, Pamdora, A filha do Vento, The blower's daughter... E pode ter até um ou outro perdido na história. A verdade é que às vezes me esqueço, às o tempo me afasta, mas a pena ainda é fiel amiga e confidente....
E, se antes eu atualizava os blogs tal como as publicações pelas quais zelo. Agora, sinto que as letras surgem com aquilo que quer transbordar pelos poros. Porque a correria nem me permite mais do que isso. E se antes eu gostava da presença certa dos seguidores, hoje me questiono sobre os benefícios da reclusão ou de ser encontrada assim, apenas ao acaso...