quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Reality Changer - Minha Retrô

Descobri tardiamente a família Narvaez, assim como boa parte de vocês também o fará depois deste post. Há duas semanas, recebi um link de minha chefe, Alexa e o pai cantavam Feliz Navidad. Fato é que me encantei com o trio, Alexa, Jorge e Eliana, a caçula. Desde então, vejo cada video, aguardo com ansiedade cada atualização, repito as canções incessantemente e quero compartilhar com todos os links que me causam sorrisos emocionados. Eles estão me acompanhando, iluminando os últimos dias de um ano difícil. As gargalhadas de Eli, a voz de Alexa e a boa vontade do pai artista.

A companhia do trio me faz não querer remexer nos últimos doze meses que se passaram; me faz apenas ter a vontade de estar vivendo tudo aquilo, de compartilhar das brincadeiras e das músicas; transmite a esperança de tudo pode ser revisto, recosntruído, reinventado. 2011 foi um ano extremamente difícil, talvez o mais duro de todos os 28 que tenho a contar. Por outro lado, não titubeio em dizer que este foi o período em que mais aprendi, em que mais dei a cara a tapa, espcialmente no semestre final. A sensação que me fica é outra: não sei se 2011 começou tardiamente ou se terminou muito antes.

Hoje, me sinto muito mais mulher do que há 365 dias. Passei por poucas e boas, situações que não imaginava, situações que não esperava, situações que nem cogitava. Fui muito magoada, passei muito nervoso e preocupação. Mas fui muito recompensada também; busquei a força de algum canto qualquer da alma até que pudesse reluzir e me botar pra frente. O saldo - há um saldo grande, apesar dos arranhões e ferimentos - é grande. Tive de buscar muita novidade, colocar em prática o que parecia longe, encarar e resolver o que era distante. Tive de criar novos caminhos e tive que virar a mesa, por mim. Resgatei minha essência que, confesso, havia deixado de lado nos meses finais de 2010 e nos primeiros bimestres de 2011. Sinto a energia correndo nas veias como sempre Pamela Forti, mesmo que ainda acompanhado de alguma incerteza - coisa de seres humanos...

Por todas as vezes que me fiz de durona, este ano chorei muito. Talvez tenha batido meu próprio recorde, tantas foram as vezes que engoli as lágrimas outrora e segui ignorando minha alma afogada. E me permiti chorar tanto quanto necessário. E aprendi a fazê-las cessarem também. Chorei de tristeza, de desassossego, de desespero, de preocupação e de solitude. Não posso reclamar de solidão, tantos são os valiosos amigos que tenho e que estão aí pra tudo. Pra fazer revezamento todas as noites para não te deixar sozinha, para ir falando contigo ao telefone no caminho para o hospital, pra fazer cessas as noites de Netflix.

Dificuldades profissionais, três mudanças de chefia e de rumo, muita apreensão e questionamentos, até que tudo pudesse estar de volta com eixo, com novas perpectivas, reconfortada e revigorada.
Questões pessoais, grande decepção, saúde, família, meu novo papel no meio disso tudo, novidade nem sempre agradáveis. Mas tudo acaba bem; há sempre de acabar bem.

Meu grande erro - se é que houve um grande erro - foi ter começado o ano entregue. Comecei o ano cansada de tentar, das lutas. Comecei o ano com um ar que não era meu. Passei boa parte do ano calada. "Só pode ser uma fase, ainda mais se tratando de você", disse uma amiga das antigas.  Recuperei o fôlego no final do ano: voltei para a Wise Up, onde conheci pessoas lindas que me cativaram demais; entre alunos e equipe. E toda aquela troca me revigora. Troquei um por outro, fiquei meses sem dançar. E a essência a gente não deixa de lado. Ela está me cobrando, pronta para explodir já na segunda semana de 2012.

O ano se encerra na companhia de uma família que, depois de despedeçada, ressurgiu por meio da arte.  E que se auto-denominam "Reality Changers" -  Transformadores da realidade, em tradução livre. E não importa o quanto tenham sido sofrido, desde que tudo tenha sido um empurrão, um motivo para as gargalhadas de Eliana e a voz de Alexa, que ecoam por aí , me fazem abrir um sorrisão no rosto todas as noites e ver um tremendo arco-íris de otimismo e esperança!

Um 2012 tão explosivo e colorido quanto o meu!

** Alexa and Jorge Narvaez - Wake me up when September ends
** Eliana Narvaez - Blueberries/Boli Song

Um comentário:

  1. Pam....
    Nossa to chocada com esse desabafo... queria saber me expressar assim tão bem com as palavras como vc se expressou!!
    É engraçado como conhecendo só um pouquinho da sua história pude ver ou imaginar como foi esse seu ano inteirinho! Em alguns momentos até parecia que lia um retrospectiva minha...

    Bom a única coisa que tenho a dizer é que vc pode me incluir no revezamento de amigos... seja pros momentos de choro ou pras idas ao bar!!!

    Adorei te conhecer... e que 2011 seja apenas o começo!

    Bjuss
    Ana (wise up)

    ResponderExcluir