domingo, 7 de julho de 2013

Ainda ontem

Fazia muito tempo. O rosto vira vulto, as memórias ficam lacradas, o sorriso esvai e os olhos ficam monocromáticos. Nenhuma cena de que se tenha lembrança tem vivacidade; são apenas trajetos de uma mesma narrativas, letras de uma página entre tantas outras. Até o minuto traiçoeiro em que um feixe de passado escapa da caixa do que já foi e mergulha no oceano do presente. E te vejo ao meu lado: "Fala!", você dizia e gargalhava. Quantas vezes caí na mesma piada, que embora fosse ridiculamente previsível, vencia-me sempre pela oportunidade e pelo oportunismo. Uma lágrima e um sorriso; como foste importante pra mim! Deixo-te ir, mas permito que fique...

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