segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Feedback in me

Eu ODEIO o dia do feedback. Especialmente quando estou à frente de turmas que me cativam. Sim, porque eu sou uma dessas pessoas que se apegam - às coisas, às pessoas, aos lugares. Sim, eu sou uma dessas pessoas que acredita que a vida é mais do que um eterno vai-e-vem, sou uma dessas pessoas que valorizam cada olhar pela janela, cada soprinho e cada suspiro da vida e de vida. Que admira todos os acasos, detalhes e pormenores; que enxerga poesia ali na esquina...

E, mesmo em apenas dois meses - contra os seis de cursos regulares - eu consigo sair da escola como se tivesse deixado 18 filhos para trás. Ali da frente, a gente olha fundo nos olhos de cada um para tentar entender as angústias e dificuldades; tenta ser um pouco psicóloga, um pouco sargento, um pouco instrutora. E, muitas vezes, acaba se identificando, ganhando sorrisos, simpatias e algumas amizades. E é bela essa mágica da vida: uma grande perda pode ser revertida em 18 novas histórias e multiplicar aquilo que você havia esquecido dentro de si...

O corredor completamente vazio no fim do dia do feedback me faz querer preenchê-lo com palavras, com pão-de-mel, com uma ducha quentinha. Mas este é o tipo de vazio que não signfica ausência, mas que algo já foi devidamente preenchido.

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